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O Governo lavou as mãos!

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Que saudade do seu abraço

Se existia alguma dúvida, não há mais: nós, meros seres humanos, não fomos feitos para viver individualmente. O nosso disco da vida tem que tocar a faixa “coletividade”, se possível, no modo repetitivo, do inglês repeat. E olha que não precisamos nem de 90 dias para comprovar isso. Pouco menos e já aprendemos que nascemos, em especial nós brasileiros, para tocar, encostar, apertar, apalpar e abraçar. Abraçar! Isso, abraçar, em forma de c, com os braços e o coração aberto. Forte, instintivo, natural, genuíno, grande, seja qual for a modalidade do abraço, definitivamente não dá para viver sem. Esta é a comprovação que a humanidade aguardava. Também te bateu aquela saudade? Aquela da mesa de casa, do almoço, do escritório ou de bar mesmo, aquela procedida de um gole, um olhar e um efusivo abraço sobre a melodia do “gosto de você pra caralho”? Te bateu? Bateu aí? Aquele de manhã, com cheiro do amor de ontem, que sobra sussurro no ouvido? Aquele depois da escola, com cheiro de bagunç

O Cruzeiro caiu em 2013

Mais precisamente no dia 24 de novembro de 2013, quando a superintendência da Polícia Federal do Espírito Santo apreendeu, durante operação, 450 kg de cocaína em um helicóptero da Limeira Agropecuária, empresa do deputado estadual por Minas Gerais Gustavo Perrella (Solidariedade), filho do senador e na época ex-presidente do Cruzeiro Zezé Perrella (PDT-MG), este mesmo sujeito, que seis anos depois, foi “convocado” para evitar a queda do time celeste. Ou seja, a queda deste dia 8 de dezembro, que ficará marcada na história do Cruzeiro, começou fora do campo, quando a solução se deu por um sujeito envolvido em falcatruas e corrupção. Erro grave e que se “agravou” quando vieram à tona, através dos brilhantes repórteres Gabriela Moreira e Rodrigo Capelo, no programa Fantástico da TV Globo, uma matéria completa mostrando a situação financeira e as movimentações ilegais fora de campo. Naquele domingo à noite a repórter anunciou ao Brasil e ao mundo o que iria acontecer no

Ele vibra, ele é fibra

O ano é 2001. Em meio a mais uma turbulência e milhares de verbos e verbetes execrando o Flamengo, eis que surge: “Eles fingem que pagam e eu finjo que jogo", assinado Vampeta um ex-jogador de futebol se referindo a um dos clubes mais poderosos do futebol mundial. Humilhado!  Não há nenhuma confirmação, mas um ano depois, uma Bandeira é erguida na gávea, a Bandeira de um tal Eduardo, um economista, bancário, homem do dinheiro, ou acostumado a lidar com ele. Tudo o que o Flamengo precisava. Iluminado! E veio o choque, choque financeiro. Eliminações precoces, goleadas humilhantes, ameaças de rebaixamento e inúmeros resultados abaixo da expectativa que precisavam e foram digeridos com sobriedade. Nenhuma loucura, pés no chão, chão de terra em um espaço projetado por um “pofexor” flamenguista. Containers improvisados no início da construção de um Ninho. Quem não se lembra do carrinho de mão servindo de maca? E se por um lado os números, através da Bandeira, procuravam e

Trazendo o Hepta

Vítima do Flamengo em 2019, Renato Gaúcho pode dar o hepta ao time carioca Ironia do destino, mas o hepta-campeonato do Flamengo pode vir domingo, através do Grêmio, maior algoz neste ano.  Senão bastassem os confrontos e polêmicas envolvendo Renato Gaúcho x Jorge Jesus, o maior embate entre técnicos dos últimos meses, o título do Flamengo, o sétimo da história, pode vir pelas mãos de Renato, treinador do Grêmio. Isso porque se o tricolor gaúcho arrancar um empate no próximo domingo na Arena Palmeiras às 18h contra o time alviverde, o Flamengo levantará o troféu mesmo sem jogar pela trigésima quarta rodada da competição. Por causa da final da Libertadores da América, sábado (23), contra o River Plate, a equipe rubro-negra teve o jogo antecipado contra o Vasco e empatou em 4x4 na última quarta-feira (14). A rivalidade entre as duas equipes, que inclusive já decidiram título do Campeonato Brasileiro, em 1982 o Flamengo venceu o Grêmio e conquistou o bi-campeonato, aument

Saudade da Copa!

Vai ter Copa? Foi-se a Copa! Rápido assim. Aliás, tão rápido quanto o ataque alemão, como os gols alemães no fatídico Mineirazo, como Robben, o atacante Holandês, como o dinheiro investido nela, como os protestos que esvaíram do nada, como a participação inglesa. Foi-se a Copa, como a Zurra e a despedida de Pirlo, como os lances de um português que insistia em arrumar as mechas no telão, como as touradas espanholas em solo tupiniquim. Foi se a Copa, a nossa Copa, a Copa do Mundo no Brasil. Foi-se a Copa e ficou a simpatia alemã. Foi-se a ideia de que eram frios e sérios. Ficou um consolo a Messi como melhor. Ficou o questionamento, o recorde de Klose, as defesas dos goleiros, os gols na Bahia de todos os santos. Como legado, ainda ficou a marca de um esquema de ingressos que foi desmantelado aqui, no país que infelizmente ainda encabeça o ranking da corrupção. Ficou o exemplo da Argélia, que doou sua conquista financeira aos necessitados. Ficou na memória uma Costa, não Rica, mas

Onde estão nossos domingos?

O barulho da fábrica, que não para nunca, o cheiro do café, o galo cantando no terreiro, a lenha no fogão e os passos do vovô no corredor. Não era um dia comum, muito menos azul na folhinha, era vermelho no calendário, era domingo. Hora de acordar, enfrentar o chão da Beira da Linha com o sapato novo, atravessar a ponte, jogar pedras no rio, limpar o sapato e ir rezar, de joelhos, de mãos dadas, sob o olhar atento do vovô. Amém, a gente saia correndo e ficava “lutando” na pracinha enquanto “sô Tião” comprava o pão na quintada do sô Zizinho. Ele parava no jogo de “Maia” e a gente corria para casa, corria para ver ele correndo. A “senna” se repetia quase todos os domingos. E que domingos! Acabava a corrida, que a gente sempre ganhava, e a tampa da panela do feijão se transformava em volante, a poltrona da sala o banco do carro e a irmã mais nova era a responsável pela bandeirada prosseguida pelo puxão de orelha daquela tia ranzinza.  A gente então pulava para fora da poltrona,